sábado, 7 de junho de 2014

Dê o máximo valor ao que você ganha, o mínimo ao que você perde.


Dê o máximo valor ao que você ganha, o mínimo ao que você perde.


 A meditação é como uma força que está além de nós e que consegue vislumbrar uma face da vida que, apesar de todo esforço, de outra forma não conseguiríamos. Apegados a pensamentos, objetos, imagens de si mesmo e dos outros, não conseguimos ver as outras possibilidades de realidade, limitando a nossa mente somente ao que consideramos como real e palpável. Enrolados em uma rede de ilusões e pensamentos, padrões e conceitos, perdemos a liberdade de ser o que se quer ser, livre dessas limitações. Muitas vezes nem sabemos o que queremos ser, pois acabamos querendo ser o que os outros querem que sejamos. Erro fatal que leva a perda de si mesmo.

Quando temos nossas ponderações sobre valores construídos pela vontade dos outros, na realidade não temos valores nenhum. O que consideramos valoroso a partir da opinião alheia, não possui valor nenhum para nós, pois só atende as expectativas alheias, como uma forma de o outro dominar a nossa existência. O que eu quero na realidade não é nada do que eu quero e sim o que os outros querem que eu queira. O que eu sou só tem alguma importância ou valor a partir do que os outros consideram. Todo poder de avaliar a mim mesmo e valorizar a mim mesmo fica no domínio dos outros. Então, o que somos? Qual o nosso valor? Será que as ideias que eu defendo são realmente minhas?

Manipulados por uma rede formada por uma elite social que controla nossos passos, atendendo aos desejos de quem quer explorar, dominar, extrair o nosso poder de escolha, acabamos sem pensar, sem ter opiniões.

Sair dessa rede significa perder para ganhar. Significa perder a imagem que os outros fazem de você, o ideais que os outros imputaram a você, o destino que escolheram para você, o sucesso que determinam para você, o padrão de felicidade que elegeram para você, e o pior, os pensamentos que disseram para você pensar (ou não pensar!). Somente assim, despindo-se desse ser construído pelos outros, livre de toda limitação alheia, pode-se realmente viver a liberdade plena, pois não ainda ser livre para andar pelo mundo visitando centenas de países se você não é livre dentro de você mesmo. Achar que é livre por ter poder econômico, o melhor carro, o melhor apartamento, a melhor roupa, demonstra a incapacidade de reconhecer-se como indivíduo, pois está aprisionado a essas correntes pesadas do orgulho e egoísmo formado pelo senso comum.

Valorizar o que se ganha é valorizar o que se é, e não o que se tem. Valorizar o olhar diferenciado que consegue sentir a energia do pôr do sol, a leveza do vento do mar, a delícia de pensar diferente do normal, de encontrar a felicidade do sorriso de uma criança, de ter coragem de querer lutar contra as injustiças, contra as ignorâncias, contra a violência, contra a exploração e a submissão que degrada o ser humano.

SER é o que se ganha desde o nascimento. Mas numa sociedade que não valoriza o SER, uma sociedade que é capaz de tirar um prato de comida de uma criança faminta e desnutrida para trocar por carros de luxo e viagem ao exterior, uma sociedade capaz de prostituir e escravizar mulheres e crianças para o bel prazer de quem tem muito dinheiro para praticar as mais perversas violações... SER é algo muito raro de se encontrar, apesar de estar dentro de cada um de nós. DESCUBRA O SEU SER.

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