domingo, 14 de setembro de 2014

Educação Proibida

Excelente video. Sou professor, educador e instrutor de cursos a cerca de 20 anos e durante todo esse tempo questionava o modelo imposto e autoritário de educação tradicional. Sempre me senti um peixe fora d'água, inclusive com colegas de trabalho insistindo para eu me enquadrar para não perder o emprego. Mas não adiantou e eu perdi o emprego várias vezes e hoje sou muito feliz por isso acontecer. Agora sei escolher onde devo ensinar e não trabalho mais em escolas de psicopatas que só pensam em competição e primeiros lugares em concursos e vestibulares. Acabam construindo uma sociedade doentia de médicos e advogados renomados, mas infelizes porque sabem acumular dinheiro mas são incapazes de obedecer leis de trânsito ou respeitar idosos , deficientes e negros. Hoje sou educador social, trabalho em comunidades e sou instrutor de cerca de 500 jovens aprendizes em seis municipios onde ministro aulas profissionalizantes com direitos humanos, cidadania e aolidatiedade. Não sou mais um peixe fora d'água.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Caminhos da Democracia

[7h19 10/09/2014]
A cada hora estamos assistindo um teatro de manipulações e jogo de interesses, no qual a demagogia está ficando bem mais forte do que a democracia.
Manifestações enfurecidas de ódio e vingança se espalham por todos os lugares. Amigos criam inimizades, irmãos deixam de se falar, vizinhos não se olham. No ar, uma sensação de caça às bruxas, uma energia negra poluente que sufoca as mentes e tortura as emoções. Onde está a paz?

Mas diante a fome e a miséria, às injustiças sociais, aos movimentos solidários para erradicar a pobreza, a ação voluntária para mudar a realidade e à participação em congressos e encontros para defender seus direitos, a manifestação fica totalmente silenciosa. Nas ruas, uma gritaria ensurdecedora, mesmo sem se saber direito porque se está gritando. Nós Fóruns, Conferências de Direitos e Encontros, existe um silêncio que fala mais alto. Um silêncio que denuncia o descaso do cidadão de espetáculo, que se pinta e solta fogos na rua mas que não participa da verdadeira construção de uma sociedade melhor para o nosso país.

Não faço parte de nenhum grupo político e nem sou ligado a oligarquias que dominam a política local, sou livre para expressar opiniões apesar de toda perseguição. Todas as semanas tenho a oportunidade de acompanhar dezenas de jovens recebendo capacitação e oportunidades de um futuro melhor, fruto de um Brasil que caminha rumo ao Desenvolvimento, no esforço de acabar com as injustiças sociais, a opressão dos grupos dominantes do voto de cabresto e a demagogia. Respiro Brasil, vivo Brasil e sou Brasil.

Estamos em um momento histórico decisivo, onde todas as conquistas obtidas ao longo da luta pela democracia corre risco. Cabe a cada um de nós, defensores da cidadania e da solidariedade, cumprir nosso papel mesmo que tentem nos impedir. O Brasil tem desenvolvido como nunca aconteceu na História e ele tem sido um Brasil voltado para a população brasileira e não para as elites sugadoras de cofres públicos.

É muito bom acordar com boas notícias de um Brasil que está dando certo. Nunca se teve tantas vagas de emprego. O problema é a qualificação de profissionais. Para isso, existem programas como o Aprendiz Legal, Jovem Aprendiz e PRONATEC, com caminhos de solucionar a dicotomia trabalho-qualificação. O que está dando errado no Brasil e sempre deu foi a corrupção, que também é resultado das ações de um povo mal educado e manipulado, que vende seu voto por um cargo, emprego e até mesmo por uma dentadura. Isso sempre existiu e está na hora de acabar.

 Como educador social e instrutor de cursos profissionalizantes, vejo nos olhos de centenas de jovens a esperança de um futuro melhor para todos. Eu me sinto cada vez mais feliz por ser um cidadão brasileiro de verdade, não apenas na certidão e no título mas na ação transformadora na vida das pessoas. Todos mundo junto pelo desenvolvimento.

veja mais em:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/04/vereadores-inventam-despesas-e-ganham-mais-de-r-85-mil-por-mes.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=fant

http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/reporter-secreto-procura-corrupcao-no-ceara/3753743/?fb_action_ids=852909648097932&fb_action_types=og.likes

terça-feira, 1 de julho de 2014

Carta Solidária

Carta Solidária


Caminhar por um movimento que visa à promoção da justiça social, pelo combate à fome, à miséria e à corrupção, exige muita determinação e coragem. É muito cruel ver serem aplaudidas e aclamadas as autoridades que desviam recursos para alimentação e transporte escolar, recursos para medicação e manutenção dos postos de saúde e pagam salários humilhantes para servidores públicos.
Aqueles que trabalham com dignidade, ética, em equipe, de forma honesta e transparente, são caluniados, difamados e boicotados, sendo perseguidos nos seus postos de trabalho e até nas suas relações sociais.
Passamos dias e dias falando sobre Direitos Humanos, Cidadania, Justiça e participação social, fortalecimento da comunidade. Porém, uma verdadeira máfia da mentira, falsidade, egoísmo, oportunismo e crueldade, nos perseguem tentando impedir nossas ações e calar a nossa voz.
Todas as manhãs, ao levantar, peço inspiração a Deus para suportar os desafios e ter bastante força e perseverança para se manter firme e lutar para que sua obra se realize aqui na terra, mesmo diante de tantos que se acham poderosos e capazes de tudo para destruir o próximo e que continuam contrariando o principal mandamento de Jesus Cristo. Amor ao próximo não existe no vocabulário deles.


Na Estrada tortuosa da Política





Os esforços para construir uma qualidade de vida melhor para a população é muito mais do que um ideal a ser alcançado ou mera ilusão que se distancia a cada movimento. Seria como uma linha intermediária e quase invisível entre ambas, onde toda energia investida para qualquer mudança tem o seu contraponto nos acontecimentos passados que insistem em continuar existindo. Todo o trabalho empreendido em uma mudança atitudinal e cultural em prol de um movimento democrático e solidário, encontra a sua falência nas mentes saturadas de conceitos implantados por aqueles que querem permanecer no poder, a ponto da população defender e adorar as ideias que condenam suas vidas a miséria, exploração e ignorância.


A educação teve um papel importante nessa situação. Em vez de ser libertadora, ela teve seu papel como perpetuação do poder, justificando a concorrência desleal, a disputa desumana e a condição de inferioridade daqueles que nasceram como perdedores na sociedade. Tenta incutir uma ideia de natureza da situação, obra do destino, e que a única forma de escapar desse destino cruel é por meio do esforço individual, onde todo sofrimento é válido e qualquer coisa que se faça para derrubar os oponentes é digno de aplauso, pois desde a sua gestação já era objeto de disputa e uma concorrência para ter o direito de viver e ser cidadão.
A cidadania é negada desde a situação econômica que define os graus e direitos de felicidade e realização pessoal. Coletivamente, historicamente existe uma idealização do destino do indivíduo, uma formulação racionalizada na qual a população aceita como verdade definitiva e se comporta passivamente, como se tivesse uma resposta pronta para os fracassos e para a situação de submissão. Para sentir-se vencedora de alguma coisa, tem que torcer para alguém que tenha poderes vença, torcer para quem ganha, quem está numa posição de privilégio e por esse motivo tem o direito de vencer diante uma disputa de vencedores. Uma compulsiva e alucinada turba veste a camisa e chora desesperada pela benção da mão daquele que a explora. Torcidas organizadas, gastando seus últimos recursos para enfeitar ruas e casas, lindas bandeiras coloridas sobre o esgoto a céu aberto e calçadas coloridas nas ruas esburacadas, imundas e sem infraestrutura mínima de saúde pública. Mas se o time ganha, todo mundo ganha e os prêmios de milhões que são distribuídos entre os jogadores e os clubes jamais serão investidos para o bem coletivo. Aliás, o papel deles é animar diante a desgraça, tal como a política do pão e circo.

Para Hegel, as ideias políticas são uma abstração da vida de uma sociedade, Estado, cultura ou movimento político. Sendo como um produto do imaginário coletivo construído pela própria história de um povo, a política se comporta de acordo com o comportamento popular que a justifica. Aceita-se o fato de incapacidade de autogestão do povo pelo povo, comprovando-se supostamente que aqueles que conseguiram destruir oponentes, mesmo de forma desonesta e contra toda a população, tem o direito de decidir o futuro e a vida de milhares. A miséria e a fome tornam-se naturais, como se o destino que está nas mãos dos governantes decidissem quem deve sobreviver e quem não deve. Essa decisão está aliada aos interesses de uma elite que precisa acumular e diminuir as concorrências, pois são ávidas de poder e podem se mascarar de diversas formas para iludir e enganar aqueles que vivem na pior miséria, que é a ignorância. A ignorância é um tipo de miséria quer atinge qualquer classe social, que a torna incapaz de pensamento crítico, que fica cega diante as injustiças, que se importa somente com as compras feitas no shopping e o carro novo que está na moda. A ignorância é uma doença que está em seu grau epidêmico tornando as pessoas em objetos consumistas, sem autonomia, presos a propagandas e a status sociais, onde a sua própria imagem é um objeto de consumo, com corpos artificiais e pensamentos industrializados.

Diante de tal tragédia, que esperaremos do futuro? Há alguma saída para a justiça social? A resposta é que é claro que sim. Pela mesma ordem natural da existência da exploração, existe o movimento natural da libertação. Do âmago dos explorados e reprimidos, existem aqueles que têm força na voz e nos pensamentos. Não importando o grau de pobreza, não são vítimas da miséria da ignorância e tem a capacidade de analisar criticamente a realidade em que vivem. São capazes de identificar as injustiças e não se calar, mesmo sendo reprimidos e maltratados pelos próprios parentes, amigos, companheiros de trabalho que não conseguem sair da prisão da alienação. Como seres fluídicos que conseguem sobreviver diante as ameaças e torturas, disseminar o saber, o conhecimento, a visão crítica da realidade, como pequenos raios de luz que invadem a escuridão. Mas essa luta é constante, a famosa dialética, os opostos que se complementam.


O futuro, somente Deus e quem sabe, as cartomantes poderiam dizer. Mas até para Deus existe o livre arbítrio, no qual a decisão sobre o futuro dos homens está sob a responsabilidade dos próprios homens. Então, dependendo da história que se constrói pelo cotidiano, o futuro vai se delineando, indefinidamente, mas dinamicamente.

sábado, 21 de junho de 2014

Festa da Hipocrisia


Pessoas com um discurso muito democrático como se fosse representantes do movimento social e na realidade só querem garantir dinheiro fácil. É importante separar o joio do trigo e reconhecer que algumas pessoas só estão para se aproveitar da ignorância e ingenuidade alheia. Muitos que se aproveitam da boa vontade das pessoas para se promover politicamente, agora se infiltram nos movimentos sociais para se garantir economicamente e politicamente. Infelizmente muitos são envolvidos pela forma demagógica de falar e aí então esses manipuladores que já tem uma prática de muito tempo de enganar as pessoas, continuam seu trabalho nos movimentos. Quem realmente é movimento social sabe muito bem quando essas pessoas se infiltram para garantir vantagem sobre os outros e quando na realidade não estão a favor do desenvolvimento coletivo e sim para obter vantagens profissionais e financeiras.

 O movimento social deve se reorganizar procurar de diretrizes para que não se perca diante de tais desafios. Deve também tem uma linha de ação transparente e honesta que realmente atenda aos desejos do coletivo e não de carreiristas que tentam se infiltrar. Com a desculpa de de repente estarem preocupados no combate à fome e à miséria, as máscaras começam a cair quando recursos entram no jogo do poder. Nesse instante é comum ver o jogo das influências políticas, tentando obter vantagem em usar a sua influência para manipular a coletividade. Como a lenda dos lobos vestidos de cordeiros, e com palavras de solidariedade e cidadania que são completamente vazias, se mesclam a população que começam a se auto promover como se fossem os únicos a fazer a justiça social. São verdadeiros "maquiaveis" diante dos movimentos sociais. Mas facilmente são reconhecidos quando promovem a sua imagem e seus nomes em todas as ações coletivas. Lutam pelos holofotes e fazem questão de promover seus nomes várias vezes no movimento social e quem atua de forma verdadeira e autêntica não se deixa levar por essas demagogias. Os que são autenticamente do movimento, são caluniados, difamados e perseguidos. 

Importante manter a consciência e o dever de lutar pela cidadania, não se deixar levar pelos estrelismo. Muitas vezes festas e cerimônias com muitas autoridades que estão só para aparecer, tem como promoção política e manipulação da opinião pública. Este ano teremos as eleições e os sorrisos falsos, aplausos, homenagens, cerimônias exaltando personalidades e hipocrisias. Nos emotivos discursos de sacrifícios e dedicação pelo povo, a falsidade das palavras proliferam como vespas insandencidas. Festas, banquetes, luxo, nomes ilustres de vencedores na disputa desonesta pelo poder, tudo preparado para dar o próximo bote na gestão pública, agora com mais preparo tecnológico e disfarçados, infiltrados no movimento social. Cada um com seu sorriso falso, planejando como dar o golpe final. E quando assumir o controle sobre todos, manipular as opiniões para receber menções honrosas, frutos da covardia, maldade e crueldade dessa máfia criminosa. Brindarão surtados de felicidade sobre a miséria humana, que insiste em querer beijar na mão daqueles que desviam verbas.

Devemos nos manter firmes e fortes na caminhada. Não é tão fácil, mas não é impossível. A cada dia a população tem demonstrado um descontentamento diante as injustiças e a vontade de mudar as regras do jogo. A empresas estão assumindo uma postura de maior responsabilidade social e, graças às leis que garantem a transparência da administração pública, está havendo um repensar sobre as políticas públicas adotadas. Está mais claro e mais fácil descobrir quem está contra a coletividade e ao bem estar comum. Conseguimos identificar quem promove a corrupção, o nepotismo e a miséria. A dificuldade está na forma de pensar da população que ainda tem suas sequelas do autoritarismo que impõe a submissão do povo pela elite. Uma cultura saudosista da ditadura e do coronelismo, dos atos de violência de direitos, bem contraditório quando se fala de democracia e defende a democracia. 

Em cada comunidade, cada associação de bairro, cada local onde a solidariedade e a coragem de enfrentar os desafio resistem, trabalhadores anônimos, sem títulos e posses, sem bajuladores, continuam seu trabalho incessantemente, acreditando nos seus ideais que são a razão de seu viver. Não se deixam abater pelo sistema opressor, acreditam na sua superação, não se entregam à obediência cega e degradante, não se rebaixam diante os donos do poder. São abençoados, enviados pela justiça divina e prova que o humanismo pode resistir a qualquer crueldade provocada por aqueles que são incapazes de ajudar ao próximo.

Sempre pergunto: Qual árvore que você quer ser? A simples que dá frutas, sombras e um galho forte para subir ou a frondosa que dá veneno, cheia de espinhos e que derruba um galho em quem se aproximar? A escolha cabe a cada um de nós!

sábado, 7 de junho de 2014

Dê o máximo valor ao que você ganha, o mínimo ao que você perde.


Dê o máximo valor ao que você ganha, o mínimo ao que você perde.


 A meditação é como uma força que está além de nós e que consegue vislumbrar uma face da vida que, apesar de todo esforço, de outra forma não conseguiríamos. Apegados a pensamentos, objetos, imagens de si mesmo e dos outros, não conseguimos ver as outras possibilidades de realidade, limitando a nossa mente somente ao que consideramos como real e palpável. Enrolados em uma rede de ilusões e pensamentos, padrões e conceitos, perdemos a liberdade de ser o que se quer ser, livre dessas limitações. Muitas vezes nem sabemos o que queremos ser, pois acabamos querendo ser o que os outros querem que sejamos. Erro fatal que leva a perda de si mesmo.

Quando temos nossas ponderações sobre valores construídos pela vontade dos outros, na realidade não temos valores nenhum. O que consideramos valoroso a partir da opinião alheia, não possui valor nenhum para nós, pois só atende as expectativas alheias, como uma forma de o outro dominar a nossa existência. O que eu quero na realidade não é nada do que eu quero e sim o que os outros querem que eu queira. O que eu sou só tem alguma importância ou valor a partir do que os outros consideram. Todo poder de avaliar a mim mesmo e valorizar a mim mesmo fica no domínio dos outros. Então, o que somos? Qual o nosso valor? Será que as ideias que eu defendo são realmente minhas?

Manipulados por uma rede formada por uma elite social que controla nossos passos, atendendo aos desejos de quem quer explorar, dominar, extrair o nosso poder de escolha, acabamos sem pensar, sem ter opiniões.

Sair dessa rede significa perder para ganhar. Significa perder a imagem que os outros fazem de você, o ideais que os outros imputaram a você, o destino que escolheram para você, o sucesso que determinam para você, o padrão de felicidade que elegeram para você, e o pior, os pensamentos que disseram para você pensar (ou não pensar!). Somente assim, despindo-se desse ser construído pelos outros, livre de toda limitação alheia, pode-se realmente viver a liberdade plena, pois não ainda ser livre para andar pelo mundo visitando centenas de países se você não é livre dentro de você mesmo. Achar que é livre por ter poder econômico, o melhor carro, o melhor apartamento, a melhor roupa, demonstra a incapacidade de reconhecer-se como indivíduo, pois está aprisionado a essas correntes pesadas do orgulho e egoísmo formado pelo senso comum.

Valorizar o que se ganha é valorizar o que se é, e não o que se tem. Valorizar o olhar diferenciado que consegue sentir a energia do pôr do sol, a leveza do vento do mar, a delícia de pensar diferente do normal, de encontrar a felicidade do sorriso de uma criança, de ter coragem de querer lutar contra as injustiças, contra as ignorâncias, contra a violência, contra a exploração e a submissão que degrada o ser humano.

SER é o que se ganha desde o nascimento. Mas numa sociedade que não valoriza o SER, uma sociedade que é capaz de tirar um prato de comida de uma criança faminta e desnutrida para trocar por carros de luxo e viagem ao exterior, uma sociedade capaz de prostituir e escravizar mulheres e crianças para o bel prazer de quem tem muito dinheiro para praticar as mais perversas violações... SER é algo muito raro de se encontrar, apesar de estar dentro de cada um de nós. DESCUBRA O SEU SER.